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Cálice e Patena

Na ÚLTIMA CEIA (Marcos 14,17-25; Lucas 22,14-23; João 13,2.21-26; 1 Coríntios 11,23-25) que Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo», levantou de seguida o cálice com vinho e disse: este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim».

É na oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas[1] convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis recebem, de um só pão, o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.

Dois objetos litúrgicos[2]:

[A] CÁLICE - recipiente onde se consagra o vinho durante a Eucaristia (missa). O vinho lembra a generosidade de Deus. Servindo nas festas significa: alegria, felicidade. Aproxima as pessoas – os amigos e familiares. Feito de muitas uvas exprime união, fusão dos corações.

[B] PATENA - pequeno prato, geralmente de metal, utilizado na consagração do pão - união, alimento e vida. Como o alimento se torna “um” com o homem, Deus quer unir os homens em comunhão. Também é usada na distribuição da comunhão, para prevenir a possibilidade de queda das partículas consagradas ou partes delas.

O que podemos ver no Cálice.

[1] Pode-se ler ….

[2] Representação da CRUCIFICAÇÃO (Marcos 15,21-32; Lucas 23,26.33-43; João 19,17-19) E MORTE DE JESUS CRISTO (Marcos 15,33-41; Lucas 23,44-49; João 19,25.28-30).

Pode-se ver da esquerda para a direita Maria Madalena, João, Jesus Cristo crucificado e Maria mãe de Jesus e o Centurião Romano ajoelhado. Nos textos bíblicos (Mateus 27, 54, Lucas 23, 47), podemos ler que o Centurião apercebendo-se de tudo, olhou para o céu louvou a Deus e depois para todos os que assistiam e disse: certamente este homem era justo, verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!

Para nós cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu a nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida".

É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos, para a instauração do Reino dos Céus, fruto da misericórdia de Deus, que transforma o coração humano, permitindo a reconciliação interpessoal e o nascimento do Mundo Novo, dominado pelo amor universal, de natureza inclusivista.

[3] As folhas da videira representam o vinho que jorrará para o cálice. Estas podem relembra-nos a parábola dos vinhateiros homicidas[3] como denúncia da atitude da nação judaica, porque Jesus esperava como Senhor que eles o retribuíssem com afeto, devoção, e obediência aos seus ensinamentos, porque a vinha do Senhor do universo é a casa de Israel, pois Israel rejeitou as leis e os servos que verdadeiramente a representavam para seguir seus próprios caminhos [4].

[4] IHS "Iesus Hominibus Salvatoren” é um monograma cristão que representam as iniciais de Jesus Salvador dos Homens: I=Iesus + +H=Hominum+S=Sal­va­tor. Este símbolo da Igreja Católica também aparece em relevo nas hóstias que o padre consagra e oferece aos fiéis nas missas. Foi criada por São Bernardino de Sena, no século XV, e adotada por Santo Inácio de Loyola, no século XVI, como emblema da Companhia de Jesus.

[5] O girassol é um símbolo da páscoa e têm origem nas antigas comemorações da chegada da primavera representando a esperança e renovação, assim como Jesus Cristo é para a humanidade. Também podemos olhar para o girassol como Sol, assim como Jesus Cristo é o Sol para a humanidade, simbolizando a luz, o amor, a paixão, a vitalidade, o conhecimento, a juventude, o fogo, o poder, a realeza, a força, a perfeição, o nascimento, a morte, a ressurreição, a imortalidade.

[6] Pode-se ler ….

 


[1] Na liturgia, assim se chamam o pão e o vinho levados ao altar pela assembleia celebrante ou em seu nome, para, na consagração da missa, serem convertidos no Corpo entregue e no Sangue derramado de Jesus Cristo para remissão dos pecados, salvação da humanidade e plena glorificação de Deus.

[2] Os objetos litúrgicos, também chamados de "alfaias", são aqueles que servem ao culto divino e ao uso sagrado, razão pela qual não podem ser manuseados de modo displicente, muito menos de forma desrespeitosa. Os objetos usados no culto divino devem ser feitos de materiais nobres, ornados de tal forma que invoquem a riqueza dos mistérios que eles servem. A encíclica Sacrosanctum Concilium assim descreve a importância da dignidade dos objetos utilizados na liturgia: "A Igreja preocupou-se com muita solicitude em que as alfaias sagradas contribuíssem para a dignidade e beleza do culto".

[3] (Mateus 21, 33-45) Parábola dos vinhateiros homicidas (Marcos 12,1-12; Lucas 20,9-19) – «Ouvi outra parábola. Havia um homem, o senhor da casa, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre [ Cf. cântico da vinha de Is 5,1-7, usado aqui como parábola da história da salvação], arrendou-a a uns agricultores e partiu de viagem. Quando se aproximou o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos agricultores para receber os seus frutos. Mas os agricultores agarraram nos servos dele, espancaram um, mataram outro e apedrejaram outro. Enviou de novo outros servos, em maior número do que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo. Por fim, enviou-lhes o seu filho, dizendo: "Hão-de respeitar o meu filho". Mas os agricultores, ao verem o filho, disseram entre si: "Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e fiquemos com a sua herança". E, apoderando-se dele, lançaram-no para fora da vinha e mataram-no. Ora, quando vier o senhor da vinha, que fará àqueles agricultores?». Disseram-lhe: «Destruirá de forma terrível esses malvados [ Lit.: aos maus de forma má os destruirá] e arrendará a vinha a outros agricultores que lhe hão de entregar os frutos no seu tempo oportuno». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que rejeitou os construtores tornou-se pedra angular; ela veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos [ Sl 118,22, frequentemente aplicado no NT à morte e ressurreição de Jesus]? Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o reino de Deus e será dado a um povo que produza os seus frutos. Quem cair sobre esta pedra ficará despedaçado, e ela esmagará aquele sobre o qual cair» [Este v., ausente de vários mss., inspira-se em Dn 2,34.44b e alude possivelmente à destruição de Jerusalém em 70 d.C.]. Ao ouvirem as suas parábolas, os chefes dos sacerdotes e os fariseus perceberam que falava deles 46e, ao procurarem prendê-lo, tiveram medo das multidões, uma vez que o consideravam profeta [A doutrinação em parábolas: a dos dois filhos (21,28-32), a dos vinhateiros (21,33-46) e a do banquete da boda (22,1-14) visam o Israel infiel do tempo de Jesus. Não admira que a reação dos responsáveis judeus fosse a favor da prisão e da morte de Jesus].

[4] (Isaías 5, 1-7) "Eu quero cantar para o meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma vinha em um outeiro fértil. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço. “E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha. Que se poderia fazer por minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava vê-la produzir uvas, só deu agraço? 5.Pois bem, eu vos mostrarei agora o que hei-de fazer à minha vinha: eu lhe arrancarei a sebe para que ela sirva de pasto, derrubarei o muro para que seja pisada. Eu a farei devastada; não será podada nem cavada, e nela crescerão apenas sarças e espinhos; vedarei às nuvens derramar chuva sobre ela.” A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro."