Academia Vicentina do CZQ-SSVP
A formação é uma ferramenta fundamental dentro da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), porque só com membros bem formados poderemos melhorar a eficiência e eficácia do serviço aos assistidos.
A formação das consócias e dos confrades (vicentinos) é essencial, não só para saber lidar com os desafios na prática organizada da caridade fraterna, bem como para o nosso carisma através do crescimento na fé de modo a ser um verdadeiro mensageiro de Jesus junto dos mais desfavorecidos.
Neste contexto o Conselho de Zona de Queluz da Sociedade de São Vicente de Paulo (CZQ-SSVP), através da “sua” Academia Vicentina promoveu um ciclo de formação no âmbito do “PERCURSO FORMATIVO PARA O COMPROMISSO VICENTINO”.
O público-alvo desta formação foram as consócias, os confrades e especialmente os voluntários do território do CZQ-SSVP que desejem realizar o compromisso vicentino.
A formação foi alinhada com as orientações para formação disponibilizada pelo Conselho Geral Internacional, tendo sido constituída por três ações formativas:
A primeira ação focou “A ESPIRITUALIDADE DA SSVP”, com o objetivo de infundir a espiritualidade vicentina na qual se baseia a ação social da SSVP, porque como referiu recentemente o confrade Renato Lima de Oliveira, 16º Presidente Geral “somente com uma formação espiritual adequada, baseada nas virtudes vicentinas e na tradição da SSVP, é que evitaremos eventuais desvios durante as ações de solidariedade social”.
A segunda ação focou o “FUNCIONAMENTO DA CONFERÊNCIA”, com o objetivo de dar a conhecer ou melhorar os conhecimentos sobre os princípios e valores que definem a SSVP e sobre o funcionamento das Conferências que através das estruturas dos Conselhos são parte de uma “Rede Mundial de Caridade”, pretendendo atuar do local para o global de forma organizada.
A terceira ação foi o seminário “CONVERSA ENTRE IRMÃOS”, com o objetivo de promover o intercâmbio (nacional e internacional) de experiências vicentinas às consócias, confrades como suporte de um agir em ação vicentina, especialmente dos voluntários.
A formação foi realizada de forma hibrida, presencial e por meios telemáticos (i.e. transmissão via internet), permitindo deste modo que as pessoas que por variadas situações (i.e saúde, locomoção) não pudessem estar presentes fisicamente na sala de formação pudessem assistir à formação de casa. Foram também disponibilizados “núcleos formativos de proximidade” (sala da paróquia, ou espaço da conferência) para que os vicentinos e colaboradores se pudessem reunir, de forma a assistir à formação por meios telemáticos, como foi o caso do Cacém. A formação em formato hibrido permitiu também que consócias e confrades dos Países Lusófonos (i.e. São Tomé e Príncipe, Rio de Janeiro, Brasil) pudessem assistir nos seus países à formação. A formação contou em média com 30 formandos sendo que 70% assistiu por meios telemáticos.
Ainda se prevê ao longo do ano de 2021 ocorrerem seminários denominados “ESCUTAR PARA AGIR” no âmbito dos temas da FRATELLI TUTTI. Estes seminários serão abertos a todas as comunidades. Porquê?
Porque o objetivo é identificar ações concretas para o bem comum à luz da FRATELLI TUTTI e implementá-las em parceria com voluntários das comunidades, grupos e movimentos de leigos da Igreja ou com a sociedade civil organizada em geral, ou com os governantes políticos, reforçando deste modo os processos de ajuda fraterna para o desenvolvimento inclusivo (sem distinção de etnia, de condição social, limitações físicas ou mentais, ou mesmo de religião) da pessoa humana, excluída temporariamente pela pobreza (pobres).
Vivemos num mundo complexo e diversificado. Para mudar a situação dos Pobres não nos basta focar num problema particular e temporário e resolver de forma paliativa ou num contexto de cuidados continuados. Para que mudar de forma definitiva temos primeiro de conhecer e examinar o contexto do todo e intervir, de modo a que o sistema - conjunto unificado de elementos sociais, económicos, pessoais, educacionais e culturais, que interferem na realidade dos Pobres. Para uma transformação radical concreta na vida do Pobre, teremos de adotar uma abordagem em que se envolva também o Pobre para em conjunto desenvolvermos estratégias específicas para a sua independência e não para o perpetuar da sua dependência e fragilidade
Por fim um agradecimento especial ao Pe Jorge Doutor, assistente espiritual do CZQ-SSVP, que nos apoiou e acompanhou sempre nas formações, bem como à Unidade Pastoral de Sintra pela disponibilização dos meios: sala de formação e internet, tornando possível a realização destas ações de formação em formato híbrido.
A moeda vicentina tem numa face a Caridade e na outra face a Justiça, e é guardada com amor na carteira da Fé.
Carlos Macias
Presidente do CZQ-SSVP
Cartaz da Formação